Por que não devemos enterrar nossas dúvidas?
Bertrand Russell escreveu:
“O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas.”
Ter um testemunho sobre a veracidade do Evangelho é louvável e desejável, não há nada de errado com isso. E ter dúvidas? É natural ou seria falta de fé e oração?
“É natural ter dúvidas — a semente da dúvida sincera, com frequência, brota e amadurece até se tornar uma grande árvore de conhecimento. Há poucos membros da Igreja que, em uma ocasião ou outra, não se debateram com dúvidas sérias ou delicadas. Um dos propósitos da Igreja é nutrir e cultivar a semente da fé, mesmo que às vezes seja no solo arenoso da dúvida e da incerteza”.
(“Dieter F.Uchtforf, Venham, Juntem-se a Nós”, A Liahona, novembro de 2013, p. 23).
E quando tivermos dúvidas? O que devemos fazer? Enterrá-las?
“Não há necessidade, nem para vocês, nem para mim, de navegar por mares desconhecidos ou de rodar por estradas não mapeadas em busca da verdade. Um Pai Celestial amoroso traçou para nós um curso e providenciou um mapa infalível: a obediência. Receberemos um conhecimento da verdade e as respostas para as nossas maiores dúvidas à medida que formos obedientes aos mandamentos de Deus”. (Thomas S.Monson, “A Obediência traz bênçãos”, A Liahona, maio de 2013, p. 89).
E o Élder Dieter F.Utchdorf também aconselhou:
“Meus queridos amigos, por favor, duvidem de suas dúvidas antes de duvidarem de sua fé. Jamais podemos permitir que a dúvida nos aprisione e nos impeça de receber o divino amor, a paz e as dádivas que vêm por meio da fé no Senhor Jesus Cristo”. (“Dieter F.Uchtforf, Venham,Juntem-se a Nós”, A Liahona, novembro de 2013, p. 23).
Em religião, assim como na ciência ou em qualquer outra coisa, vale a pena estudar. É absolutamente essencial fazer perguntas, mesmo as mais difíceis. É a única maneira para você obter respostas. E respostas significam maior conhecimento e compreensão — e no caso de religião, maiores espiritualidade e fé.
Podemos estudar e procurar pela verdade. Doutrina e Convênios 88:118 nos ensina:
“Buscai diligentemente e ensinai-vos uns aos outros palavras de sabedoria; sim, nos melhores livros buscai palavras de sabedoria; procurai conhecimento, sim, pelo estudo e também pela fé.”
O Élder Uchtdorf também ensinou:
“Nunca na história do mundo tivemos acesso tão fácil a tantas informações — algumas verdadeiras, algumas falsas e grande parte delas parcialmente verdadeiras.
Consequentemente, nunca na história do mundo foi tão importante aprender a discernir corretamente a verdade do erro”. (“O que é a verdade?”, devocional do Sistema Educacional da Igreja, 13 de janeiro de 2013, p. 3, LDS.org/broadcasts).
“Como Igreja, incentivamos o conhecimento do evangelho e a busca para compreender toda a verdade. É fundamental para nossa teologia a crença na liberdade individual de indagação, pensamento e expressão. O debate construtivo é um privilégio de todos os santos dos últimos dias”, compartilhou o Presidente Hinckley.
As dúvidas nos fazem crescer.
Quando você se tornou membro da Igreja, por exemplo, pode ser que tenha vindo até aqui justamente por causa de uma dúvida! E ao longo do caminho, foram as dúvidas que nos levaram a descobrir novas coisas, adquirir mais conhecimento e progredir. Não são as respostas que movem o mundo e sim as perguntas, dizia um comercial brasileiro, que em partes está correto. Lembre-se que foi uma pergunta de um jovem garoto, que deu início ao que hoje conhecemos como Restauração do Evangelho.
Se Joseph Smith tivesse apenas aceitado o que lhe era dito, ele não teria orado para saber qual religião se filiar, consequentemente, não teria tido a Primeira Visão e nada do que conhecemos hoje, teria vindo à luz.
A dúvida é produto bruto interno. Mas é duvidando que se aprende, pois quem duvida experimenta o diferente, ousa perguntar, se lançar, simplesmente… mergulhar. Ela nos faz agentes inquisidores, buscando sempre o que há mais à frente. Buscando sempre a resposta para uma interrogação enervante, ou para uma pergunta displicente, mas coerente, procurando calar um murmúrio incessante, ou um grito estridente.
E sempre podemos recorrer à fonte de toda sabedoria, pois como nos ensinou Tiago, “e se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, sem repreensão, e ser-lhe-á dada”.
O Filtro Perfeito para Lidar com Dúvidas e Perguntas Sobre o Mormonismo
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