Élder e Sister Holland identificam o personagem mais importante do Livro de Mórmon

Os missionários devem valorizar e usar o Livro de Mórmon acima de todos os outros instrumentos de proselitismo que Deus lhes deu, disseram o Élder Jeffrey R. Holland e a Sister Patricia Holland em 25 de Junho.

“Eu temo o quanto nós reverenciamos esse registro como a pedra angular da restauração, nós não o reverenciamos o suficiente”, disse o Élder Holland do Quórum dos Doze Apóstolos.

Durante o Seminário para novos líderes de missão de 2018, o Élder e a Sister Holland abordaram o tópico “Cristo e o Livro de Mórmon”, concentrando suas observações em Doutrina e Convênios 5.

Nesta seção, datada de Março de 1829, o Senhor diz a Joseph Smith que ele tem o dom de traduzir o Livro de Mórmon e que “não concederá a Joseph nenhum outro presente até que seja concluído”, explicou a sister Holland.

“Agora pense sobre isso”, acrescentou o Élder Holland. “A restauração está apenas começando. Considere tudo o que o Senhor precisava fazer antes daquele dia fatídico em que Joseph seria martirizado em Carthage com apenas 38 anos e meio de idade.”

E, no entanto, ele acrescentou, o Senhor instruiu Joseph: “Não faça nada até que você traduza o Livro de Mórmon e o publique ao mundo.”

Entretanto, se os santos dos últimos dias puderem ver o Livro de Mórmon da maneira que o Senhor ensinou Joseph a vê-lo, então levará a testemunhos e a retenção de conversos.

“Porque é a mais clara e mais pura evidência que temos da divindade do Senhor Jesus Cristo, cuja Igreja é esta e cujas testemunhas nossos missionários devem ser”, explicou ela.

Esta não é apenas a Igreja de famílias felizes, Steve Young e Danny Ainge, o coro do Tabernáculo, ou os Dançarinos Folclóricos Internacionais da BYU, disse o Élder Holland.

“Todos esses são subprodutos agradáveis do fato de sermos a Igreja de Jesus Cristo e a primeira coisa que Deus fez para declarar a verdade era nos dar um livro que desse testemunho solene desse fato, um testamento da divindade Dele, a quem os profetas disseram que viria como Salvador, Redentor, Messias, o Santo de Israel.”

A sister Holland prometeu aos novos líderes de missão que eles chegarão diretamente ao cerne da questão do trabalho missionário se eles amarem e ensinarem com Livro de Mórmon. Os missionários devem deixar a “luz espiritual do Livro de Mórmon perfurar a escuridão e as dificuldades da vida de seus pesquisadores”, explicou ela.

“Ensine-os a deixarem penetrar a escuridão e as dificuldades de suas próprias vidas”, disse ela.

O Élder Holland disse que às vezes pede aos missionários que justifiquem quem pode ser considerado o personagem mais memorável do Livro de Mórmon. “Se morderem a isca e caírem nela, as respostas deles irão variar, mas geralmente dirão que é um dos personagens óbvios, como Néfi, Mórmon, Alma ou Morôni…

“Claro, então eu digo a eles que estão todos errados. O principal, comandante e certamente o personagem mais memorável do Livro de Mórmon, do primeiro ao último capítulo, é o Senhor Jesus Cristo.”

Através das 531 páginas da tradução inglesa do Livro de Mórmon, o nome do Salvador aparece em média uma vez a cada 1,7 versos, disse ele.

“Desde a página de rosto até a última página, este registro escrito ensina sobre a missão divina de Jesus Cristo a duas dispensações do Novo Mundo (os jareditas e os leítas), ambos escritos para o benefício de uma terceira dispensação – a nossa. A dispensação da plenitude dos tempos”, disse a sister Holland.

O Livro de Mórmon é a rede proeminente que Deus preparou para os missionários reunirem Israel dispersa nestes últimos dias, disse o Élder Holland. “É sua declaração definitiva dos últimos dias a respeito do sacrifício expiatório do Senhor Jesus Cristo. É a Sua grande revelação da maior revelação que Ele já deu à humanidade – a vida, o ensino e a missão eterna de Seu Filho Unigênito.”

Muitos dirão que já conhecem a Cristo na Bíblia, disse o Élder Holland. Mas a Bíblia, clara e imaculada como era no meridiano dos tempos, tem muitas verdades salvadoras e princípios puros perdidos ou tirados dela, através do erro inocente, bem como alguns erros maliciosos.

“Certamente a mais clara e preciosa de todas as verdades perdidas da Bíblia, particularmente o Antigo Testamento, são as declarações claras e inequívocas da missão de Jesus Cristo, seu papel preordenado como Messias e Salvador do mundo, e os elementos da aliança de seu evangelho que foi ensinado de Adão através de cada dispensação sucessiva”, disse ele. “Mas, felizmente, para todos os que lerem com um ‘coração sincero e com real intenção’ (Morôni 10: 4), o Livro de Mórmon restaurará o que foi perdido e será, literalmente, para convencer o leitor de que Jesus é o Cristo.”

Além da “doutrina de Cristo”, a Bíblia e seus leitores também perderam a compreensão dos convênios divinos, promessas solenes feitas entre Deus e eles mesmos, disse a sister Holland. “Os momentos mais sagrados de nosso relacionamento com nosso Pai Celestial sempre foram marcados pela celebração de convênios.”

No entanto, o Élder Holland disse que, mesmo com o esforço repetido do Céu para ensinar essas verdades do evangelho, grande parte da família humana nunca ouviu essa mensagem ou optou por não adotá-la. “Assim, é exigido de nós que como Néfi que “continuemos a falar de Cristo, regozijarmo-nos em Cristo, pregarmos a Cristo, profetizarmos de Cristo e escrevermos de acordo com nossas profecias, para que nossos filhos saibam em que fonte procurar a remissão de seus pecados.” (2 Néfi 25:26)

O Pai Celestial deu um último testamento à Sua família caída, acrescentou ela. “Esse é o testamento final e testemunho, de que a nova aliança que ofereceu aos filhos dos homens apenas mais uma vez, é a mensagem do nosso Livro de Mórmon”.

O chamado para os filhos de Deus nestes dias finais da história do mundo é “prosseguir com firmeza em Cristo” (2 Néfi 31:20), disse o Élder Holland.

“Nenhum outro livro nos ajuda a avançar tão bem”, disse ele. Nenhum outro livro foi divinamente protegido e produzido exclusivamente para esse fim. “Nenhum outro livro foi escrito com uma visão tão completa da dispensação futura à qual esse registro eventualmente viria.”

A sister Holland compartilhou seu testemunho pessoal do Livro de Mórmon. “Recentemente, durante uma doença quase fatal, eu queria que Jeff e seu sacerdócio permanecessem comigo constantemente”, disse ela. “Como ele não poderia estar sempre ao meu lado, eu queria a melhor coisa próxima a mim. Eu queria o meu Livro de Mórmon em minhas mãos, segurando-o, e quando eu dormia, eu o queria debaixo do meu travesseiro. Os médicos nos disseram que eu não deveria fazer isso, mas eu sabia que se eu vivesse, seria por causa das bênçãos do verdadeiro evangelho que o Livro de Mórmon ensina.”

O Livro de Mórmon deu sua vida uma e outra vez, ela acrescentou.

Joseph Smith não recebeu a mesma bênção que Deus deu à sister Holland, “porque se exigia que ele desse sua vida por seu testemunho”, disse o Élder Holland. “Eu sempre fui levado às lágrimas, mas pelo fato de Joseph e Hyrum terem procurado consolo em suas páginas quando se sentaram encarcerados em Carthage aguardando o martírio. Isso para mim sempre foi, e será para sempre, uma das evidências mais convincentes de que isso não era um artifício que eles perpetraram no mundo. Eles dependiam, por assim dizer, das promessas contidas naquele livro.”

O Livro de Mórmon é a nova aliança de Deus com Seus filhos – pela última vez, concluiu o Élder Holland.

“Pat e eu oramos para que você e seus missionários amem e ensinem este testamento de que foi o primeiro presente de Deus para esta dispensação”, disse ele. “Testemunhamos e agradecemos por este livro que abençoou toda nossa vida. Testificamos de sua veracidade. Ao fazer isso, invocamos o testemunho transcendente e final do Livro de Mórmon – o Salvador e Redentor do próprio mundo.”

“E ele traduziu o livro, sim, aquela parte que lhe ordenei; e assim como vive vosso Senhor e vosso Deus, ele é verdadeiro. E eu, Jesus Cristo, vosso Senhor e vosso Deus, vo-lo disse, a fim de realizar meus justos propósitos para com os filhos dos homens.” (D&C 17:8-9)

Fonte: LDSChurchNews

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