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Unidos em propósito: ser as mãos de Cristo na comunidade

Este artigo foi escrito com base no relato de Eduardo Olimpio de Oliveira

Conheci a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias quando eu tinha apenas seis anos de idade, na cidade de Guararema. Foi através do meu irmão mais velho, Antônio Olimpio de Oliveira, que conheceu os missionários por intermédio de sua namorada.

Quando completei oito anos, fui batizado pelo meu pai, Olimpio Luiz de Oliveira, em 24 de abril de 1994, na capela de Jacareí. Naquela época, nossa congregação ainda era um pequeno grupo que se reunia na casa dos meus pais para realizar a reunião sacramental, com o apoio da Ala de Jacareí da Estaca São José dos Campos.

Passei toda a minha infância e adolescência em Guararema, e foi lá que vi nosso grupo crescer e se tornar um ramo. Em 2005, servi na Missão Brasil Curitiba, sob a liderança do Presidente David Webster e sua esposa, Sister Webster. Esses anos foram marcantes e transformadores na minha vida espiritual e pessoal.

Em 31 de outubro de 2009, casei-me e me selei com minha esposa, Daniele Ferreira de Oliveira, no Templo de São Paulo, Brasil. Posteriormente, nos mudamos para a zona leste de São Paulo, onde moramos por quase 12 anos e onde nossa filha Isabela nasceu.

Em 2021, nossa família se mudou para a cidade de Mogi das Cruzes. No dia 25 de junho de 2023, recebi o chamado para servir como Bispo da Ala Mogi Centro da Estaca Mogi das Cruzes – São Paulo. Receber esse chamado é uma honra e um grande desafio, mas também uma oportunidade maravilhosa de servir e crescer junto com minha comunidade.

A festa do Divino Espírito Santo

Um dos eventos mais marcantes em Mogi das Cruzes é a Festa do Divino Espírito Santo, uma celebração religiosa que é a maior expressão de fé e devoção na região.

A festa tem suas raízes históricas datadas de 1613, conforme registros na Câmara Municipal. É um evento que envolve toda a comunidade, independentemente de suas crenças religiosas, e mantém vivas as tradições de fé e serviço.

Um momento especial durante a festa é o “Dia do Afogado”, quando um alimento é oferecido gratuitamente à população. Vemos muitas pessoas de diferentes crenças e religiões participando dos preparativos da festa e do preparo do afogado desde a madrugada.

É muito bonito ver a fé e dedicação dessas pessoas, que são filhos do Pai Celestial, na esperança de milagres e com o desejo de servir ao próximo. Muitas vezes, elas estão acompanhadas de suas famílias, participando deste evento, o que para mim e para minha família foi muito gratificante.

Neste dia, pude ver várias famílias reunidas, idosos e pessoas com limitações físicas na fila para pegar o afogado. Conversar com elas e ouvir seus sentimentos foi muito gratificante e prazeroso. Pude sentir no meu coração o amor que o Pai Celestial tem por cada uma delas.

Como membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, tivemos a oportunidade de participar na organização das filas, no serviço do afogado e em falar sobre a Igreja para as pessoas, tentando representar Cristo.

Eu e minha família também tivemos a oportunidade de dar uma entrevista para um canal de televisão local e de falar um pouco sobre as nossas crenças e contribuição na Festa do Divino.

Oportunidade de um diálogo inter-religioso

Toda essa organização começou meses antes, e parte da participação da Igreja de Jesus Cristo, foi a oportunidade de conversar com alguns repórteres para explicar sobre a Igreja, mostrar no que acreditamos e compartilhar nossos sentimentos em servir na festa do Divino.

O diálogo inter-religioso que vivenciamos durante a Festa do Divino, é fundamental para unir forças com outras religiões promovendo o mesmo propósito: servir ao próximo.

Ele nos permite alcançar mais pessoas e fazer uma diferença maior em suas vidas. Aprendemos uns com os outros, promovendo paz e compreensão. Como disse Elder M. Russel Ballard:

“Nossa mensagem é amor e atenção especiais pelo bem-estar eterno de todos os homens e mulheres independente de sua crença religiosa, raça ou nacionalidade, sabendo que somos verdadeiramente irmãos, porque somos filhos do mesmo Pai Eterno.”

Essa é a doutrina da inclusão que seguimos. É nisso que acreditamos e é isso que ensinamos. Por isso, devemos ser as pessoas mais amáveis, gentis e tolerantes.

O diálogo inter-religioso não apenas fortalece nossa fé, mas também nos ajuda a cumprir o mandamento de amar e servir ao próximo, promovendo um mundo mais unido e compassivo.

Veja também: Lições de fé: o que aprendi com o desemprego

Posto original de Maisfé.org

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