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Arco-íris: Qual é seu significado nas escrituras?

A pergunta sobre o significado do arco-íris nas escrituras imediatamente a história de Noé e o dilúvio.

De fato, uma resposta comum para a pergunta “Qual é o significado do arco-íris na história do dilúvio?” seria: “O arco-íris representou uma promessa do Senhor, assegurando ao seu povo que ele nunca mais enviaria um dilúvio para destruir a Terra”.

Essa resposta está correta, pois as escrituras narram que após o dilúvio, Deus estabeleceu um convênio com Noé e toda a carne, tendo o arco-íris como “o convênio que ponho entre mim e vós, e entre toda alma vivente que está convosco, por gerações eternas:”.

O livro de Gênesis detalha esse convênio:

“O meu arco pus na nuvem, e esse será por sinal do convênio entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens; Então me lembrarei do meu convênio, que está entre mim e vós, e entre toda alma vivente de toda a carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne. E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar do convênio eterno entre Deus e toda alma vivente de toda a carne que está sobre a terra. E disse Deus a Noé: Esse é o sinal do convênio que estabeleci entre mim e entre toda a carne que está sobre a terra.”. 

A repetição da palavra “convênio” (em hebraico, berit) sete vezes nesses versículos enfatiza a natureza solene e obrigatória desse pacto.

Ainda que o arco-íris possa ter existido antes do dilúvio, com Noé ele adquiriu um novo significado como um sinal e garantia deste convênio. Nesse contexto, o arco, que em outras culturas do antigo Oriente Próximo poderia ser associado à guerra e devastação, é transformado em “um sinal de reconciliação entre Deus e o homem”.

Assim, ao contemplarem aquele arco no céu, as pessoas podem sentir-se seguras de que a tempestade passou e nenhum dilúvio virá novamente.

Uma promessa feita a Enoque

No entanto, para os Santos dos Últimos Dias, as escrituras restauradas oferecem uma compreensão mais profunda e abrangente do significado do arco-íris. 

A Tradução de Joseph Smith de Gênesis 9 revela detalhes adicionais sobre esse convênio, ligando-o ao convênio feita anteriormente com Enoque: 

“E eu, eis que eu estabelecerei o meu convênio convosco, que fiz com o vosso pai Enoque, concernente à vossa semente depois de vós.”. 

Essa tradução esclarece que o arco-íris é um sinal de um “convênio eterno” e está ligado ao futuro retorno de Sião, a cidade de Enoque, que foi levada para o céu:

“E o arco estará na nuvem; e eu o verei, para que eu possa lembrar do convênio eterno, que eu fiz com o teu pai Enoque; de que quando os homens guardassem todos os meus mandamentos, Sião retornaria à terra, a cidade de Enoque, que arrebatei para mim.”.

Essa perspectiva revela que o arco-íris não é apenas uma promessa de que a Terra nunca mais será destruída por um dilúvio, mas também um testemunho das promessas de Deus de reunir Seu povo, tanto na Terra quanto no céu. 

Assim como Enoque e sua cidade foram levados para o céu, eles retornarão nos últimos dias para cumprir esse convênio, possivelmente simbolizado pelo arco ascendente e descendente do arco-íris. 

Essa reunião é descrita em Doutrina e Convênios como a descida de Sião de cima e a ascensão de Sião de baixo, culminando na presença de Deus em meio ao Seu povo.

Arco-íris

Arco-íris: um convênio eterno

Portanto, para os Santos dos Últimos Dias, o arco-íris é um “sinal daquele convênio eterno com toda a humanidade”, ligando o passado, o presente e o futuro dentro do plano de salvação de Deus. 

Esse lindo fenômeno da natureza lembra não apenas da misericórdia divina em preservar Noé e sua família, mas também da promessa de restauração e reunião final dos justos com Deus. 

Portanto, ele se torna um “símbolo celestial nos céus”, um elo entre o céu e a terra, representando a fidelidade de Deus às Suas promessas e Seu desejo de trazer a imortalidade e a vida eterna a Seus filhos.

Em resumo, conforme as escrituras e a perspectiva dos Santos dos Últimos Dias, esse fenônemo possui um significado multifacetado:

  • É um sinal do convênio de Deus com Noé e toda a carne de que nunca mais haverá um dilúvio para destruir a Terra.
  • É um lembrete para Deus de Seu convênio.
  • É um símbolo da reconciliação entre Deus e a humanidade.
  • É um testemunho do convênio eterna feita com Enoque, prometendo o futuro retorno de Sião e a reunião do povo de Deus.
  • É um elo entre o céu e a terra, representando a promessa de Deus de trazer salvação e vida eterna.

Assim, o arco-íris transcende a simples explicação de um fenômeno natural pós-chuva, tornando-se um poderoso símbolo da graça, misericórdia e das promessas imutáveis de Deus para com a humanidade. Ele aponta para um futuro de paz, reunião e a presença de Deus entre Seu povo, um testemunho visível da esperança e da certeza dos convênios que fazemos com Ele.

Outras menções ao arco-íris nas escrituras

Além da história de Noé e do convênio eterno com Enoque, o arco-íris também aparece em outras partes das escrituras, sempre carregado de significado simbólico e espiritual.

Além da história de Noé e das revelações sobre Enoque, o arco-íris aparece em outras visões sagradas registradas nas escrituras, sempre conectado à presença divina, à glória de Deus e aos acontecimentos dos últimos dias.

Em Apocalipse 10, João escreve:

“E vi outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco-íris, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés, como colunas de fogo.”

Nessa visão, o arco-íris aparece como parte da descrição celestial do anjo que traz revelações sobre os últimos dias. Essa descrição reforça o simbolismo do arco-íris como uma marca da autoridade divina e um lembrete da fidelidade de Deus.

Em outra parte do mesmo livro, João descreve o trono de Deus:

“E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco-íris estava ao redor do trono, na aparência, semelhante à esmeralda.”

Aqui, o arco-íris envolve o trono celestial, sugerindo não só beleza e majestade, mas também a constância e o convênio eterno de Deus com Sua criação.

O profeta Ezequiel também teve uma visão marcante da glória de Deus. Em Ezequiel 1 lemos:

“Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor; esse era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e vendo-a eu, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava.”

A comparação direta com o arco-íris mostra que este símbolo já era compreendido como manifestação da presença gloriosa do Senhor. Ezequiel, tomado de reverência, cai sobre o rosto — um reconhecimento da santidade do momento e da grandeza de Deus.

Em todas essas passagens, vemos como o arco-íris é mais do que apenas um fenômeno natural — ele é retratado como uma manifestação visível da presença de Deus. Podemos dizer que o arco-íris é um reflexo da glória do Pai e um lembrete constante de que Ele cumpre Suas promessas. E mais uma vez, aprendemos que é um símbolo que conecta os céus à Terra.

Veja também: Entendendo o título de “Bom Pastor” do Salvador

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