A religião pode se tornar um fardo?
Lembro-me de uma época em que minha religião era um fardo para mim. Não apenas a religião, mas a vida de forma geral.
Lembro-me do dia em que o meu cartão foi recusado no caixa do mercado, e de como precisávamos desesperadamente da comida que havia naquelas sacolas.
Lembro-me do meu esposo estar desempregado. Lembro-me de sentir que Deus tinha esquecido do emprego, dos armários vazios e do cartão de crédito que havia sido recusado.
Naquele domingo, entrei para dar a minha aula na Primária e estava exausta da vida, da preocupação e de tentar pagar as contas.
Eu não tinha paciência para os filhos dos outros, para aulas que não me ajudavam, para passar horas em um lugar que não me trazia respostas.
Onde estava Deus?
Ainda me lembro daquela manhã de domingo. As crianças estavam umas em cima das outras e as lágrimas corriam pelos meus olhos porque aquilo não era o que eu precisava.
A vida era um fardo muito pesado e eu não tinha forças para carregar. Era um vazio que não podia ser preenchido. Um peso que não podia ser carregado.
Me perguntou se você já passou por isso. É difícil sentir-se bem-vindo na casa de alguém quando sentimos que fomos esquecidos.
Você deve estar se perguntando porque voltei à igreja no próximo domingo. Voltei por causa do jugo.
Algumas pessoas vêem o jugo como um fardo, pesado, confinante, constringente, controlador. Jesus ensinou que o jugo torna o que é pesado em algo suave e leve.
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Quase duas décadas atrás havia outro homem que deve ter sentido o mesmo peso que eu, porque ele leu os mesmos versículos que eu li cem vezes, Mateus 11:28-30, e reescreveu esses versículos do Novo Testamento em suas próprias palavras.
Às vezes, ler a mesma frase de uma maneira diferente, de uma perspectiva diferente pode ser transformador.
“Estás cansado? Desgastado? Esgotado da religião? Venha até mim. Fique comigo e recuperarás a tua vida. Eu mostro-te como se descansa. Ande comigo e trabalhe comigo – veja como Eu faço. …Não colocarei nada pesado ou inadequado sobre ti. Continue em minha companhia”
Ao refletir sobre como me senti naquele domingo, imediatamente me perguntei o que havia de errado com aquele lugar, com aquela situação, com aquelas pessoas.
Não demorou muito até eu perceber que não era a religião que tinha mudado, era eu. O jugo não deveria ser inadequado nem pesado.
Eu conseguia olhar para trás e lembrar da época em que frequentar a Igreja me preenchia, enriquecia e elevava. E naquele momento eu não me sentia assim.
O jugo e o Salvador
Nunca ninguém disse que ter uma religião era confortável. O crescimento muscular requer uma repetição que causa dor, e a força vem quando saimos da nossa zona de conforto, e a graça é o que acontece quando Cristo preenche nossas lacunas e nos ajuda com os fardos pesados.
A graça é o que acontece quando Cristo está presente. Só porque não o vemos não significa que Ele não esteja ali. Significa que não O reconhecemos nesta situação.
Não tenha medo de procurar o Salvador em situações difíceis. Um dos Seus melhores trabalhos é elevar.
Um fardo não tem que ser algo forçado. Em vez disso, pode nos lembrar da necessidade de um jugo. Divida o fardo Alguém que ajude você a levantar os fardos mais pesados.
O processo da ascensão requer elevação, e há Um que está disposto a ajudar. Ele nos convida a um ritmo de dar graças através de seu jugo.
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” Mateus 11:28-30
Fonte: LDS Living