Vem e Segue-me Lição 29 – E a palavra de Deus crescia e se multiplicava

Para apoiar o novo programa de aprendizado da Igreja – “Vem, e Segue-me” – estamos publicando semanalmente comentários sobre a lição designada. Neste ano somos convidados a estudar o Novo Testamento. Na lição de hoje estudaremos como o Evangelho foi levado aos gentios.

Acesse a lição aqui.

O evangelho é para todos

Pedro e os demais apóstolos tinham recebido o mandamento de levar o evangelho a todos. Pouco antes de subir aos céus, o Senhor Jesus Cristo lhes dissera:

“Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Marcos 16:15,16)

Apesar de terem recebido essa sagrada missão, eles não compreendiam totalmente o que significava pregar a “toda criatura”. Como muitos judeus viviam fora de Jerusalém, talvez eles pensassem que deveriam ir às tribos perdidas da Casa de Israel. Contudo, Pedro teve uma revelação específica, e guiado até Cornélio, compreendeu que chegará o tempo dos gentios receberem o Evangelho. Como Presidente da Igreja, ele tinha as chaves do sacerdócio necessárias para permitir a entrada dos gentios no Reino de Deus.

Princípios importantes desta história é que Deus dirige Sua Igreja por revelação a Seu profeta, o apóstolo sênior. Nós podemos receber revelação e entendimento gradualmente ao obedecermos ao Senhor. E Deus pode mudar ou acrescentar instruções que Ele deu no passado de acordo com Sua sabedoria e as necessidades de Seus filhos.

O Élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos ensinou:

“Por intermédio desse fato e dessa revelação dada a Pedro, o Senhor modificou a prática da Igreja e revelou a Seus discípulos um entendimento doutrinário mais completo. E assim, a pregação do evangelho foi ampliada de modo a englobar toda a humanidade” (“A Doutrina de Cristo”, A Liahona, maio de 2012, p. 88).

A história de Atos 10-11 se assemelha muito a um acontecimento de nossos dias – quando sacerdócio foi estendido a todos os homens dignos.

Batismo e dom do Espírito Santo

Esses capítulos de Atos são capítulos missionários. Eles contam como os gentios e judeus precisaram aprender o evangelho e se converter a Cristo. Para se converter não basta acreditar – é preciso agir, e receber sagradas ordenanças. Somente ver um anjo ou receber uma visitação dos céus não é o suficiente para alcançar a salvação, mas a observância dos mandamentos faz com que a tenhamos. Cornélio desejava alcançá-la, e para isso teria que obedecer a seus preceitos. O anjo que lhe apareceu e deu as instruções iniciais poderia ter dito a ele o que deveria fazer, mas, em vez disso, mandou que procurasse a Pedro, que tinha a autoridade terrena. Tal procedimento é um padrão no reino de Deus, e Joseph Smith disse o seguinte a esse respeito:

‘O anjo disse ao bom e velho Cornélio que ele devia mandar chamar Pedro para saber como poderia ser salvo: Pedro podia batizar, mas os anjos não podiam, enquanto houvesse oficiantes legais na carne que possuíssem as chaves do reino, ou a autoridade do sacerdócio’ (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 115; grifo do autor)” (Vida e Ensinamentos de Jesus e Seus Apóstolos, Manual do Sistema Educacional da Igreja, 1979, p. 268).

Também é preciso salientar que os gentios, antes de serem batizados haviam sentido o Espírito Santo, mas não haviam recebido o dom do Espírito Santo – que apenas vem após o batismo. Em Atos 10:45, a frase “o dom do Espírito Santo” refere-se ao poder do Espírito Santo que esses gentios haviam sentido. É diferente do dom do Espírito Santo, que recebemos por meio da ordenança de confirmação após o batismo (ver Atos 8:14–17; Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 102).

Fiz um vídeo comentado a lição desta semana: